Projetos




Direitos Humanos como instrumento de empoderamento juvenil: uma experiência de educação popular em instituições de ensino público da cidade do Crato/CE (Projeto atual)

Por meio de dinâmicas, atividades lúdicas e recursos metodológicos semelhantes, o projeto desenvolvido, apoiado mais uma vez na educação popular de Paulo Freire, visa levar o debate sobre direitos humanos em discussões sobre gênero, raça, classe, feitas de forma horizontal, a partir de recortes temáticos sugeridos pelos próprios estudantes, em sua maior parte, secundaristas.




Construindo pontes ao invés de grades: direitos humanos e educação popular como instrumentos de empoderamento juvenil


Em meio aos debates nacionais sobre a redução da maioridade penal, objetivando  dinamizar o debate sobre direitos humanos no seio juvenil, durante o ano de 2016, o Paje desenvolveu um projeto junto aos jovens em cumprimento de medida socioeducativa no Centro de Semiliberdade de Juazeiro do Norte/CE. Nas atividades empreendidas, o uso de recursos lúdicos (música, vídeos, oficinas) é preponderante na discussão dos temas propostos pelos jovens. Todas as atividades eram realizadas com envolvendo também a equipe multidisciplinar do órgão.






Biblioteca de Luta: um instrumento de assessoria jurídica universitária popular no assentamento 10 de abril

Nos contornos da questão agrária é que se desenha o projeto “Biblioteca de Luta: um instrumento de assessoria jurídica universitária popular no assentamento 10 de abril”. O referido projeto representa a materialização de uma extensão jurídica popular desenvolvida pelo Programa de Assessoria Jurídica Estudantil-P@je.

A pretensão de uma extensão popular é ousada e necessária, uma vez que quebra com a prática da extensão paternalista, nega a atividade de atendimento por si só e se foca na prática de uma assessoria jurídica pautada nas demandas coletivas, acompanhada, imprescindivelmente, de um trabalho de base.

A Biblioteca de Luta tem como cenário de atuação a comunidade 10 de abril localizada no município de Crato. A comunidade é mais uma vítima da estrutura fundiária excludente do nosso país. É também mais uma possuidora de um histórico de luta e resistência a esta estrutura, assim como os Índios Guaranis,Canudos, Caldeirão, Contestado e etc. A extensão popular, portanto, insere-se nesse cenário provida do conhecimento jurídico, instrumentalizando-o na defesa dos direitos humanos historicamente negados. Ademais, dentro e além dessa assessoria jurídica temos um trabalho político emancipador indispensável à conceber a Biblioteca de Luta.

O nome do projeto carrega o desejo de que se materialize no assentamento 10 de abril uma espécie de acervo/biblioteca que reúna os frutos de cada atividade desenvolvida ao longo do tempo e que simbolize a retomada, principalmente pela nova geração, do espírito aguerrido de seus ascendentes na luta pela terra e pela vida.




Relação de Trabalho e Consciência de Classe

No curso de 2007, o P@Je iniciou atividades de extensão popular em Direitos Humanos na Cadeia Municipal do Crato, onde eram realizadas atividades de artesanato e formação política, o projeto se intitulava  “Relação de Trabalho e Consciência de Classe”, e teve duração de sete meses (período em que a vara de execuções penais revertia todo o dinheiro aferido por ela para o projeto, que era utilizado na compra de material para as oficinas e pagamento das instrutoras). Tal projeto, que não só foi de extensão, mas também de pesquisa dos membros do P@Je, serviu como aprendizado e ganho qualitativo na formação também dos estudantes, talvez até mais que para os próprios aprisionados.



A primeira atuação: ONG Projeto Nova Vida

 Em 2006 foi iniciada a primeira atuação em extensão popular da Universidade Regional do Cariri, na ONG Projeto Nova Vida situada no Bairro do Gesso na cidade do Crato. Nesta ONG as atividades eram realizadas com adolescentes; sempre em busca do tema gerador, como nos ensina Paulo Freire, onde debatíamos sobre opressões intra-familiares, em sua grande maioria extremamente pobres e desestruturados, até opressões do sistema capitalista. Por se tratar de uma atuação muito limitada, já que estávamos inseridos numa ONG (que em última instância é própria terceirização do Estado) os membros avaliaram que deveriam se retirar daquele espaço e tentar outras formas de alcançar as comunidades, sem veiculação da imagem do Projeto à imagem de uma ONG, no entanto, tal parceria ainda perdurou até o final de 2007.


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