quinta-feira, 2 de outubro de 2008

GREVE DOS MOTORISTAS E COBRADORES DA VIAÇÃO BRASÍLIA

Entre os dias 16 a 20 de setembro, os trabalhadores da Viação Brasília, maior empresa de transporte público do Cariri Cearense, estiveram em greve. O estopim dessa paralisação foi o não-pagamento de dois meses de salários e seis meses sem recebimento de cestas-básicas.A categoria sempre buscou o diálogo com a patronal, que além de não escutá-la, ainda debochou da mesma, dizendo que esta não seria capaz de parar. Através de um abaixo-assinado, a categoria avisou que paralisaria suas atividades até que fossem garantidas as suas reivindicações.A patronal, não tendo mais como controlar o movimento, tentou frear o movimento por meio de uma reunião com a base. A tática mais usada foi a da chantagem emocional, alegando que a empresa não estava em condições de pagá-los naquele momento. Diziam que a prioridade era a manutenção dos veículos e a compra de óleo combustível, deixando os trabalhadores sempre em segundo plano. Também houve tentativas de intimidação física. O marido da dona da empresa invadiu uma assembléia querendo agredir os trabalhadores. Estes o expulsaram. A Conlutas esteve desde o início nesse processo, explicando aos trabalhadores a importância de não cederem às chantagens e que somente a mobilização seria capaz de oferecer uma derrota aos patrões. Sempre presente nos piquetes e nas assembléias, a Coordenação conseguiu conquistar a confiança dos trabalhadores. Isso pôde ser notado quando um trabalhador disse: “nesse jogo, nós fomos os jogadores e vocês (Conlutas) a comissão técnica”.Os operários saíram dessa greve vitoriosos e com o sentimento de que só conseguirão mais vitórias se estiverem mobilizados permanentemente. (Texto de Itim, no site do PSTU)


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